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Dilma quer barrar limites para internet de alta velocidade

O pacote de bondades que a presidente Dilma Rousseff pretende apresentar à população antes da votação de abertura do impeachment pelo Senado, no dia 11 de maio, inclui o possível fim das franquias de internet.

A Folha de São Paulo apurou que Dilma quer pronto, na próxima semana, o decreto que regulamentará os pontos mais polêmicos do Marco Civil da Internet, legislação aprovada em abril de 2014 que a presidente transformou em "obra" de governo.

A lei está em vigor, mas ainda falta definir as regras da neutralidade de rede, princípio que impede a discriminação de tráfego aos consumidores, independente do tipo de plano que ele assina.

Ainda segundo apurou a reportagem, a ideia da presidente é, via decreto, proibir as operadoras de restringirem velocidade da internet fixa ou exigirem a contratação de uma franquia extra quando o cliente ultrapassar os limites de seu plano.

Na internet móvel, a proposta inicial do governo era estabelecer a mesma restrição do serviço fixo, mas, como são redes diferentes, a regra só não valeria para os planos básicos, que contemplam os clientes sensíveis ao preço. Para os demais, as teles poderiam continuar reduzindo a qualidade do acesso

Nas últimas semanas, algumas operadoras disseram que iriam limitar a navegação dos planos de internet fixa e exigiriam a contratação de franquias extras para restabelecer a conexão.

O presidente da Anatel, João Rezende, foi a público dizer que acabou a era da internet ilimitada sem custo. Houve reação popular, a agência voltou atrás, e as teles também recuaram.

O assunto está congelado, enquanto a Casa Civil e representantes dos ministérios da Justiça e das Comunicações e da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) discutem os termos do decreto.

Ainda segundo apurou a reportagem, a presidente quer apresentar seu pacote nas festas de 1º de maio.

Outro ponto polêmico é a possível transferência do poder de fiscalização da internet da Anatel para o Nic.br, responsável pelos registros de internet.

Até o fechamento desta edição, os integrantes do grupo ainda debatiam as medidas. O Ministério da Fazenda, que não tinha sido chamado, entrou no debate.

No grupo, há quem diga que nada mudará e Dilma regulamentará o marco da forma como estava prevista.

HISTÓRICO

Para as teles, o Marco Civil da Internet prevê a liberdade do modelo de negócio –o que inclui a oferta de internet por franquias. Ainda segundo as operadoras, essa possibilidade foi acertada com o governo quando o marco foi debatido e votado.

Naquele momento, houve um acordo, o governo tentou romper, mas as teles cobraram posição da presidente Dilma, caso contrário obstruiriam a votação no Congresso.

O acordo foi feito rapidamente porque Dilma queria a aprovação do marco para apresentá-lo no Encontro Global Multissetorial sobre o Futuro da Governança da Internet, evento que aconteceu no Brasil em abril de 2014.



Fonte : Folha de São Paulo
Foto   : Internet - Rodrigo Constantino