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Perdemos o Chapolin Colorado. Não contavam com minha astucia.

Todos já sabem da morte do criador do Chaves, mas não poderíamos deixar de registrar esta nota. Mesmo todos sabendo da morte aos 85 anos do ator mexicano Roberto Bolaños gostariamos de marcar com uma lembrança de um personagem que marcou a vida de muitos leitores do nosso jornal e nossa pessoalmente.

A informação foi divulgada no site da CNN México hoje, 28 de novembro de 2014. Bolaños foi o criador de personagens como Chaves e Chapolin, cujos seriados seguem em exibição em diversos países, apesar de terem estreado ainda nos anos 1970 — Chaves passou a ser veiculado no Brasil em 1984.
Segundo declarações da família, o estado de Chespirito, como o ator é conhecido em seu país de origem, era grave desde o início do mês. Ele vivia com sua esposa Florinda Meza, a Dona Florinda da série Chaves, em Cancún, próximo à lagoa de Nichupté, local de descanso isolado da imprensa. No balneário, tentava se recuperar de problemas respiratórios e de dificuldades em se mover.
Nascido em 21 de fevereiro de 1929, Roberto Bolaños começou sua carreira nos anos 1950, quando escrevia roteiros para rádio e televisão. Ele ganhou o apelido de Chespirito após ser comparado ao dramaturgo William Shakespeare. Em 1958, quando o mexicano estreou como roteirista de cinema no filme Los Legionarios, o diretor Agustín P. Delgado o apelidou de Shakespearito, um diminutivo carinhoso para o nome do britânico, devido à sua inteligência e criatividade. 







m 2012, foi lançado o livro Chaves: A História Oficial Ilustrada. Nele, são narrados os primeiros passos de Bolaños e as dificuldades que ele passou durante a infância. Seu pai, Francisco Gómez Linares, um desenhista e pintor, era alcoólatra, adúltero e tinha muitas dívidas. Na adolescência, Bolaños sofreu com complexo de inferioridade, por ser muito baixinho e mirrado. Apaixonado por futebol, foi forçado a desistir da carreira. No livro, o criador do Chaves é descrito como um adolescente brigão, o que o acabou levando a um título de boxe na categoria minimosca.


Já mais velho, Bolaños cursou Engenharia na Universidad Nacional Autónoma do México (Unam), pois queria aprender a construir brinquedos que não tivera na infância, como locomotivas a vapor. Acabou não encontrando as lições que queria e tornou-se mais assíduo no bar da faculdade, onde tocava violão, contava piadas e jogava bolinha de gude. Todas essas passagens são bastante representadas nos episódios de Chaves, em que o personagem é um menino pobre, que não tem os brinquedos que deseja.


O talento com o violão fez com que o ator gravasse seis discos com músicas de Chaves, além da trilha sonora da novela Alguna Vez Tendremos Alas, produzida por Florinda Meza. 




Apesar de ter criado muitos outros personagens, o ator ficou conhecido internacionalmente por encarnar Chaves nas telas. Sua relação com o elenco da série, no entanto, não se manteve harmoniosa durante muito tempo. Bolaños rompeu sua amizade com Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha, e Carlos Villagrán, o Kiko, que disputaram com o criador do seriado os direitos de uso de seus personagens.





O comediante deixa seis filhos, fruto de seu casamento com Graciele Fernández Pierre, que morreu em agosto de 2013. Florinda Meza e Roberto Bolaños eram casados há nove anos.
Texto - Zero Horta